domingo, 21 de fevereiro de 2010

Meu Amarcord

Meu Amarcord

ou Amigos retrospectiva.

Amigos,
dividimos o bem maior
que é dado aos mortais:
a adolescência,
um estado intermediário entre
a felicidade e a responsabilidade.
O divertimento como preocupação maior
Futebol na rua.
-"Olha o carro!"
Vinho barato,
algumas brigas,
primeiras mulheres
primeiros porres e
rock.
Chega uma hora que é hora de agradecer
por este tempo.
De agradecer a tanta gente,
por tanta coisa.
Ao Artur pela calma, hospitalidade e paciência
ao Garça pelos discos que roubei e pela
companhia dominical no 557
lembras?
o Cau,
não sei bem porquê,
meio Judas,
mas amigo e amado.
Ao Porfírio
pelo mau gosto e alegria.
Ao Marcelinho,
que perguntava:
"Quando a gente crescer será que a gente vai se ver?"
e eu o vejo todo dia após o meio-dia.
Ao Pião
que um dia já soube jogar futebol.
As meninas,
amigas e namoradas,
algumas que ficaram pro Caritó,
outras que casaram e não deixaram
o endereço.
Aos velhos
que curiosamente
ficaram menos velhos
agora que eu também envelheci.
Ao avô que me adotou
e que aceitei com orgulho ser o neto postiço.
Obrigado pela amizade,
pelas viagens Brasil afora seguindo a bola.
Ao Estação Botafogo
contribuindo para meu pseudointelectualismo adolescente.
A Fluminense FM,
que sinto a falta até hoje quando ligo o rádio.
Faço minha homenagem "póstuma":
Não sintonizo os 94.9 no dial do FM. Jamais.
Ao Urgência,
(André, Carlos e Adam),
a mais cult de todas as bandas de rock,
pelos ensaios barulhentos na casa 434 da
Khalil Gibran. E aos amigos que não
considerei, mais por preguiça
que por falta de importância,
um abraço com carinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário