terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Poesia Carioca
Índice:
O rio
Versos Curtos
Dois Irmãos
Skyline Carioca
Impatiens
Eu
Carta Testamento
Feitiço
Finados
Um dia após o outro
Certidão de Nascimento
Carência
Semana que vem chega o caminhão
Não amar
Santidade
Insônia
Insônia
Homem de sorte
Às vezes
Eternidade
Será
Livros
Amor de última hora
Degas
Chagall
Klimt
Schiele
Manara
Louvre
Envelhecer
Vocês
Nós
Amor Pleonástico
Cat lover's
Lacrima
Motel Barato
Alice
Mulher super especial
Gatos
Gatos e loucos
Teu peito
Cães
Sexta
Amores Rarefeitos
Dama Vulgar
Adultério
Conversa de Amigo
Doce Riso
Conte outra
Gata sem sutiã
Adios Nonino Felino
Lua Minguante
Amor à Antiga
ATO 1 Restaurante
ATO 2 Motel
ATO 3 Rua em Ipanema
ATO 4 Algum lugar do Planeta
Poeminha cretino para um dia de sol
Incenso
Súcubo
Saudade
Retiro
Doce Insulto
Porto Alegre
Geração 90
Observador
Lisboa
Barroco Brasiliense
Lealdade
Verão 90
Insônia Fútil
Rapaz de Família
Interseção Matemática
Simultaneidade
Não se sinta mal
Bichos
Viver é fácil
Ameaças
Teu ventre
Gatos
Dia 30
Milonga de 3
Múltipla
Ivan
Memória Abreviada
Serial Killer do Jardim Botânico
Voz
Ansiedade
Pateta
Cheiros
Poema convencido que você nunca vai ler
Doutora
Papel Canson
Futuro Improvável
Lembre-se
Ciumentos
Noite
Café da Manhã
Coincidências
Os 4 Gatos
Ezeiza
Mulheres
Maneco
Criança
O rio
Bênção
Traição
Pré-Verão Carioca
Descendo o Alto
Centro à noite
Prédios Escrotos
Bairrismo Carioca
Chuva em Ipanema
Bacalhau do Antiquarius
Amasso na Urca
Chuva
Copacabana
A última megalópole feliz do mundo
A última megalópole feliz do mundo
Conversa
com o jornaleiro,
uma brisa morena no ar,
mau humor do português
do botequim
e a cidade insuportavelmente
feliz com a vitória
do Flamengo.
É assim que eu me lembro do Rio da minha infância.
Copacabana
Copacabana
Quando coloco os meus pés
em Copacabana,
tudo o que escrevo
parece infantil e profano.
A chuva deixa o meu Rio
como um cenário que mais parece
uma contracapa dos discos,
ainda em vinil,
das bandas inglesas nos anos 80.
Deixa na minha boca um gosto de saudade
dos dias que ficava em casa,
sem ir para o Colégio,
vendo Sessão da Tarde.
Amo a Chuva, Amo São Sebastião do Rio de Janeiro e
Amo Você.
Maneco
para Manoel Carlos
pra mim você é
um verbete
do Aurélio
para definir a palavra
Pai.
Divido com você
o amor por Carolina
e o gosto por café amargo.
Mulheres
Mulheres
Mulheres,
armadilhas de Deus
para pegar o Diabo.
Todas merecem ser amadas,
idolatradas e presunçosamente
protegidas.
Os 4 Gatos
Os 4 Gatos
Tenho 4 gatos
onomatopaicos.
O rei gato,
um pingüim felino,
se chama Frajuto.
O que não me dá bola
tem no registro
o nome de Benjamim.
Os dois confiados
que destroem a casa
assinariam o nome
como Bonifácio e Bartolomeu,
mas vêm quando são
chamados de bege e black.
Coincidências
Vamos celebrar
as coincidências.
Verdadeiras Deusas
disfarçadas
de cores, nomes, gostos
e momentos.
Café da Manhã
Até que a gente consegue
não se matar no café da manhã.
Tem dias de paixão que parecemos
casal de anúncio de margarina.
Mesmo quando desarrumo seu jornal,
você fala no seu idioma particular,
o gato morde minha perna e o cachorro fica latindo.
Vou para o trabalho feliz com um beijo na boca
e o pedido para não chegar tarde.
Ciumentos
Ciumentos para Theo, Mônica, Patty, Velho Graça e Suely
Meus irmãos
disputavam,
minuto a minuto,
minha mãe
com o meu pai.
Eu desde pequeno
aprendi a rir
das situações
passionais.
Lembre-se
Vampira,
por favor mantenha o
mundo em harmonia.
Não me peça tanto amor,
cumplicidade ou companhia.
Papel Canson
Desenho teu corpo esguio
numa folha áspera de papel canson.
O telefone toca e
tua voz suave deixa um recado na máquina.
Fingi que não ouvi.
Fingi que não te amava.
Doutora
Doutora
Evite o ácido,
o café
e o chocolate.
Se for usar algum excesso que te faz mal,
então que seja eu.
Poema convencido que você nunca vai ler
Sabe o que me faz rir gabolamente?
Aquele cartão que você me enviou.
Aquele que tem escrito
uma música,
acho que do Chico,
"Olhos nos Olhos".
E quando você chega,
me liga ansiosa do Aeroporto
no cio e repleta de saudade.
O ego fica lá em cima.